1. Vocação leiga
(A identidade de vocação laical na Igreja)
O carisma da
vocação laical ocupa um lugar central na Igreja, define a Igreja para o mundo.
Outras vocações não têm essa centralidade. Através desse carisma a Igreja se
faz presente no mundo.
O mundo, e
não a Igreja é a meta dos caminhos de Deus. A Igreja precisa se abrir para o
mundo, por isso precisa de leigos. O leigo tem carisma e função para libertar a
secularidade do mundo, mediante o anúncio de Jesus Cristo. Fazer com que o
mundo tenha autonomia. O leigo tem a missão de fazer com que o mundo entre em
comunhão com o mistério que a Igreja representa (Reino de Deus).
A vocação
laical tem sua origem nos sacramentos do batismo e da crisma. Ela ocupa um
lugar central na Igreja, define a igreja para o mundo. O fiel cristão leigo tem
o papel de libertar o mundo da secularidade, dos falsos ídolos e de todas as
prisões que oprimem e destroem a pessoa humana. Vivendo no mundo como solteiro,
casado ou consagrado (de maneira individual ou num instituto secular), os
leigos são fermento na massa, sal e luz do mundo.
Na vocação
laical temos o estado de vida matrimonial. Chamados a ser pai, a ser mãe, a
gerar vida, a constituir família. A família é chamada a constituir a Igreja
doméstica. É a expressão visível do amor de Cristo pela sua igreja, sacramento
de Cristo. É na família que é possível expressar as mais variadas formas de
amor.
1. Vocação consagrada
(Identidade da Vocação consagrada e religiosa na Igreja)
O carisma da
vida religiosa está orientado também para o mundo. É por causa do mundo.
Demonstra o contraste, não é fuga, mas compromisso.
A vocação
religiosa é assumida por homens e mulheres que foram chamados a testemunhar
Jesus Cristo de uma maneira radical. É a entrega da própria vida a Deus. Essa
vocação existe desde o início do Cristianismo: vida eremítica, monástica e
religiosa. Nesses dois mil anos de história surgiram inúmeras ordens,
congregações, institutos seculares e sociedades de vida apostólica.
Os
religiosos vivem: como testemunha radical de Jesus Cristo, como sinal visível
de Cristo libertador, a total disponibilidade a Deus, à Igreja e aos irmãos e
irmãs, a total partilha dos bens, o amor sem exclusividades, a consagração a um
carisma específico, numa comunidade fraterna, a dimensão profética no meio da
sociedade, assumem uma missão específica.
Um religioso
vive em primeiro lugar a sua consagração nos votos, depois, por carisma
congregacional, por vocação e necessidade da Igreja, se ordena padre. ( no caso
da Vida religiosa Masculina)
1. Vocação Presbiteral - Sacerdotal
Vamos
falar aqui do sacerdócio ministerial específico. O Sacerdócio fundamental é
comum a todo cristão leigo. Cristo fez do novo povo um reino de Sacerdotes para
Deus-Pai (cf. Ap 1,6).
Pelo
Batismo todos participam da dimensão sacerdotal de Cristo (LG 27).
O
sacerdócio ministerial pelo poder conferido, forma e rege o povo sacerdotal,
realiza o sacrifício eucarístico na pessoa de Cristo e o oferece a Deus em nome
de todo o povo (LG 28).
O ministério ordenado (carisma próprio do diácono,
presbítero e bispo) é uma vocação carismática particular.
O Espírito Santo concede esta vocação a alguém e
esta vocação converte-se em função. Um carisma que se converte em ministério.
Ratifica-se após a imposição das mãos do bispo.
O presbítero é chamado a assumir o ministério
hierárquico na Igreja como serviço aos irmãos. É convocado a fazer parte do
presbitério (clero de uma diocese chefiado por um Epíscopo).
A Pastoral Vocacional deve trabalhar
incansavelmente pela diocesaneidade de uma Igreja. Uma Igreja diocesana sem
clero diocesano não pode existir. Toda Igreja deve ter um corpo presbiteral.
Esse
ministério surgiu na geração apostólica quando os apóstolos se preocuparam pela
continuidade das comunidades. Assim como não poderia existir comunidade
primitiva sem apóstolo, da mesma forma não pode existir comunidade cristã sem
padre.